Na primeira parte, o livro traça um paralelo entre os ideais de sustentabilidade preconizados mundo afora e as ações desencadeadas no Brasil e na Amazônia para a conquista dessa sustentabilidade.

Na segunda parte, analisa o processo de gestão ambiental levado a efeito na Amazônia e no Acre, bem como sua importância para superar o desafio de fomentar o crescimento econômico sem comprometer a sustentabilidade ecológica da região.

Aponta como saída inexorável a exploração comercial da biodiversidade florestal, na condição de principal vocação produtiva natural da Amazônia.

Na terceira e última parte, discute e propõe a formação de um pacto político, no sentido de promover a maior vantagem competitiva da Amazônia: a biodiversidade florestal.

Em 1992 parecia remota a possibilidade de os países chegarem a um acordo quanto aos preceitos de sustentabilidade a serem observados em todo o planeta. Em que pese o esforço de um conjunto heterogêneo de instituições, em especial aquelas de cunho ambientalista, as divergências eram muito superiores às convergências.

Porém após mais de 20 anos de negociação internacional, um passo significativo decerto foi dado por ocasião da vigésima primeira Conferência das Partes (COP 21, na sigla em inglês) das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, realizada em Paris, França, em dezembro de 2015.

Finalmente, definiram-se critérios e compromissos em relação a atividades que agravam a crise ecológica devido ao aumento de carbono na atmosfera, como a produção de energia elétrica por meio de petróleo e o desmatamento das florestas para criação extensiva de boi.

As divergências conceituais acerca do que a sustentabilidade significa incluíram também pequenas resoluções que são tomadas pelos seres humanos no dia a dia e que, embora em conjunto tenham grande importância, no plano individual costumam ser tratadas com certa indiferença.

Uma decisão aparentemente insignificante – optar pela compra dum lápis de madeira no lugar duma caneta de plástico, ou, digamos, pelo emprego de papel toalha no lugar de aquecedores elétricos em banheiros públicos – pode aproximar o mundo da sustentabilidade ou afastá-lo.

Por serem mais complexas, as questões que envolvem a exploração da biodiversidade florestal na Amazônia exigiram maior nível de informações pois trazem, ao mesmo tempo, repercussões perigosas para se alcançar o desmatamento zero da região.

Com assinatura do Acordo de Paris e o reforço para estruturação do mercado de carbono vindo das negociações da COP 26, realizada em 2021 na Escócia, foi possível aos 195 países visualizar de forma objetiva o significado do termo sustentabilidade.

Desnecessário alertar que a conservação da biodiversidade florestal da Amazônia foi considerada um dos pontos principais para superar a atual crise das mudanças climáticas, que decorre do aquecimento do planeta.

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