Do Acre: 100 artigos

Primeiro volume de uma série de três livros que apresentam, cada um, uma compilação de 100 artigos publicados pelos autores em jornais de circulação local e sites especializados. Os artigos tratam do tema da sustentabilidade, com foco para a Amazônia.

Escritos a partir de 2004, os artigos permitem ao leitor perceber como o tempo parece estar congelado na Amazônia quando o assunto é a sustentabilidade da ocupação social e produtiva da região.

Com recorrência impressionante, os acontecimentos vão se revezando num eterno recomeço, em que o apoio estatal à insustentável atividade de criação de boi sempre se sobrepõe ao apoio destinado à sustentável exploração econômica da biodiversidade florestal da região.

A coletânea de artigos publicados nesse primeiro volume envolve o período de 2005 a 2009.

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Da Amazônia: 100 Artigos

Esse livro é o segundo de uma série de três livros, cujo primeiro volume foi publicado em 2009, sob o título “Do Acre: 100 artigos”; uma terceira e última coletânea será publicada em 2016, sob o título “Da Floresta: 100 artigos”.

Pela relação de assuntos abordados, percebe-se o tamanho da empreitada assumida pelos autores. Discutir com franqueza e argumentação técnica temas de relevância para a Amazônia exige, além de muita pesquisa, disposição para polemizar.

São essas polêmicas que fazem dos artigos textos provocativos, que levam o leitor a parar para pensar. Esse é o objetivo principal do livro: fazer pensar, sobretudo no futuro que se vislumbra para a Amazônia.

Ocorre que existem saídas, mas para encontrá-las é necessário dispor-se a compreender as questões técnicas pertinentes. Em suma, com amadorismos e aventuras a Amazônia não encontrará a sustentabilidade que o mundo espera dos amazônidas.

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Ciliar Só-Rio: Mata Ciliar no Rio Acre

A ocupação da Amazônia foi possível graças aos rios. Para que a região desfrutasse de seu mais impressionante ciclo de riqueza, navegaram pelos rios navios de grande calado, abarrotados de pessoas e produtos.

No Acre não foi diferente. Foram os rios que deram acesso ao território e permitiram escoar a produção de borracha. É difícil imaginar que o rio Acre de hoje é o mesmo daquela época, quando até aviões pousavam em seu leito caudaloso.

Oscilando entre secas e alagações que ocorrem em intervalos cada vez menores, o rio Acre se encontra assoreado e com o seu equilíbrio hidrológico comprometido. Mas isso não é novidade. Pesquisadores e instituições têm alertado quanto ao elevado nível de degradação presente na bacia hidrográfica desse rio.

Todavia, se o diagnóstico é compartilhado por muitos, as soluções não o são. Ideias esdrúxulas surgem a todo instante para resolver o problema da escassez ou do excesso d’água, mas nenhuma se volta para o rio, no intuito de encontrar as verdadeiras causas do impasse.

Indo mais fundo no diagnóstico e propondo soluções para a recuperação do rio, o livro traz a experiência adquirida com o premiado projeto Ciliar Só-Rio Acre. A principal ideia contida aqui é que está na mata ciliar a reposta para que o rio Acre volte a ser como era.

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Manejo Florestal Comunitário: Cacau Nativo do Purus

Chocolate é um daqueles poucos produtos que gozam de unanimidade: todos gostam. Para fazer chocolate são necessárias as sementes de cacau. Ao longo dos anos, desde que o chocolate entrou na vida das pessoas, o cacau vem sendo plantado em vários países.

Para a coleta das sementes são sempre escolhidas árvores que geram muitas sementes e apresentam resistência a doenças. Assim o cacau nativo, selvagem e original, foi perdendo sabor e ganhando produtividade.

No caso do cacau do rio Purus produzido por uma cooperativa extrativista, a Cooperar, há uma diferença: as árvores não foram plantadas, ocorrem de maneira natural na floresta, desde que a floresta existe. Um sabor especial que despertou o interesse dos mercados europeus, em especial o alemão, que compra as safras anualmente colhidas pelos produtores da Cooperar.

Fazer com que essa produção de cacau nativo se realizasse mediante o emprego de alta tecnologia: eis o objetivo de uma equipe de pesquisadores que amoldou o extrativismo do cacau à tecnologia do manejo florestal comunitário.

Esse é o livro do cacau da mata ciliar do rio Purus, o cacau da floresta amazônica.

Sustentabilidade na Amazônia

Traça um paralelo entre os ideais de sustentabilidade atualmente preconizados e as ações desencadeadas na Amazônia para a conquista dessa sustentabilidade. Por meio do estudo da realidade vivenciada no Estado do Acre, estabelece linhas conceituais para um futuro sustentável na Amazônia.

O livro enfoca, primeiramente, a sucessão de procedimentos internacionais que culminaram nas reuniões de cúpula da ONU que têm como tema o meio ambiente e o desenvolvimento. Em seguida são analisados, tomando-se como referência os preceitos do desenvolvimento sustentável, os avanços e anacronismos dos mecanismos de gestão ambiental adotados no Brasil.

Ao final, discute o uso dos instrumentos econômicos baseados no princípio do poluidor/pagador, parâmetro mais atualizado para se aferir a internalização das externalidades ambientais.

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Criação de Paca em Sistema Agrosilvopastoril

Assumindo que existem duas diretrizes principais a serem seguidas na Amazônia, sendo que a primeira diz respeito às áreas com cobertura florestal, que representam 80% do território da região, e a segunda, às áreas onde a floresta foi removida para criação de boi, compreendendo os 20% restantes, o manejo florestal comunitário e o reflorestamento devem ser encarados como prioridade pelas políticas públicas levadas a efeito na região.

Na tentativa de propor uma tecnologia voltada para o reflorestamento de áreas desmatadas, concebeu-se um sistema agrosilvopastoril ancorado na produção de frutíferas (como o cupuaçu) e árvores (como a seringueira), consorciadas à criação de paca e capivara.

O livro retrata a experiência alusiva a um dos primeiros (ou o primeiro) sistemas agroflorestais instalados na Amazônia e sua ascensão ao patamar tecnológico do SAS – Sistema Agrosilvopastoril.

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Microcrédito Florestal na Amazônia: Plano de Negócios

Com assessoria da Consultoria McKinsey, a equipe técnica da Andiroba elaborou um ousado plano de negócios voltado para implantar, no Acre, uma empresa de microcrédito especializada em recursos florestais.

A principal ideia por trás do plano de negócios assenta-se na possibilidade de oferecer apoio de crédito a produtos oriundos da diversidade biológica com elevado potencial de mercado, como açaí, castanha, copaíba, sementes e carne de capivara (para ficar nos produtos mais promissores em termos de tecnologia de manejo e renda).

Esse apoio não ocorre por meio do sistema oficial de crédito rural operado na Amazônia, que privilegia o desmatamento e a criação de boi.

Reserva Extrativista Porto Dias: Uso Múltiplo da Floresta e Gestão Comunitária

Apresenta uma análise detalhada de uma experiência realizada pelo Centro dos Trabalhadores da Amazônia, CTA, organização da sociedade civil sediada em Rio Branco-AC, no PAE Porto Dias, localizado em Acrelândia-AC, entre 1992 e 1999.

Trata-se do primeiro projeto de exploração de madeira sob gestão comunitária levado a efeito na Amazônia. Envolvendo dois tópicos polêmicos, a produção de madeira e a transformação do seringueiro em manejador florestal, essa experiência contribuiu para converter a tecnologia do manejo florestal comunitário em política pública de âmbito nacional.

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