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Concessão Florestal elevará riqueza de Apuí no Amazonas

Ecio Rodrigues & Aurisa Paiva, 23/02/2025

Ainda em 2007 a Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, foi a primeira área coberta por florestas nativas na Amazônia a ser leiloada para exploração por uma indústria madeireira legalmente amparada pelo sistema de Concessão Florestal.

O rigoroso e exigente processo de licitação da época habilitou seis empresas que decorridos todos os vários e extensos prazos para recursos foram submetidas ao crivo de especialistas em uma criteriosa análise da técnica de manejo florestal e de preço para a madeira.

Indústrias como a Amata S/A, Civagro, Porto Júnior, Sakura Madeiras, Consórcio Alex Madeiras e ZN Madeiras, comprovaram sua capacidade operacional e técnica para assumir os custos da aplicação da tecnologia de Manejo Florestal desenvolvida pela engenharia florestal brasileira e adequada à realidade do ecossistema florestal amazônico.

Esse primeiro e ousado passo para concretizar uma economia florestal e de baixo carbono na região foi possível graças a aprovação pelos deputados e senadores do Congresso Nacional da Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006).

Considerada, pelos que atuam no setor florestal brasileiro, peça chave para tirar a exploração de madeira da Amazônia do nefasto ciclo de ilegalidades que envolvia empresários e servidores públicos em um emaranhado de irregularidades, a Lei de Gestão de Florestas Públicas além de instituir a Concessão Florestal criou o importante Serviço Florestal Brasileiro para sua operacionalização.

Quase 20 anos depois de a Floresta Nacional do Jamari ter sido leiloada para exploração pelas indústrias não há dúvida acerca do sucesso desse modelo de exploração para organizar uma economia florestal em nível municipal.

Não à toa toda aquela histeria acerca de uma suposta e inacreditável “privatização da Amazônia” ou a temerosa entrega de que a floresta tropical brasileira seria para multinacionais e outras bobagens semelhantes, repetidas às tantas por jornalistas despreparados, foram colocadas à prova e superadas da melhor maneira, com estatísticas.

Os números após quase 3 milhões de hectares de florestas sendo exploradas pelas indústrias da madeira são inquestionáveis, mesmo considerando os dois lados da equação da sustentabilidade.

Do lado da exploração a floresta manejada comprovou sua capacidade permanente e elevada de regeneração natural, antes mesmo de completar a rotação técnica prevista na legislação de 30 anos.

Do lado da geração de riqueza, os municípios em que a Concessão Florestal acontece aumentam o PIB sem ampliar de maneira proporcional o desmatamento, como acontece com a danosa expansão da pecuária extensiva.

Apuí, cidade no sul do Amazonas será a primeira a testar um novo modelo de leilão dentro da Bolsa de Valores. De maneira semelhante ao que ocorre nos leilões de rodovias e hidrelétricas, o ato púbico da abertura dos envelopes e seleção da empresa concessionária vencedora será transmitido em um pregão da B3 em São Paulo.

Será ali, na Bolsa de Valores, onde a riqueza potencial de extensas áreas de florestas localizadas em terras públicas dominadas pelo governo federal poderá ser transformada em riqueza real pela indústria madeireira nacional.

Segundo estimativas do Serviço Florestal, a área de 450.000 hectares da Floresta Nacional de Jatuarana da cidade de Apuí ampliará em 35% a quantidade de florestas públicas manejadas em regime de Concessão Florestal se aproximando da meta de cinco milhões de hectares concedidos até 2027.

Da Floresta Nacional do Jamari em 2007 até a Floresta Nacional de Jatuarana hoje, a economia florestal na Amazônia demonstra potencial para gerar maior riqueza que aquela obtida pelo desmatamento da pecuária extensiva.

Melhor, ampliando o PIB regional com florestas públicas exploradas com tecnologia de manejo aplicada pelas indústrias, o desmatamento zero entra no radar.

Após 10 anos, Acordo de Paris se consolidará na COP30

09/03/2025

Contudo, terminado o século passado e ainda na primeira década do atual, os cientistas divulgaram uma série de estudos analisados pelo painel cientifico da ONU, conhecido por IPCC na sigla em inglês, comprovando e determinando com exatidão considerável as taxas de aumento anual da temperatura.

O sucesso do Acordo de Paris pode ser medido pela excelente estratégia de fazer com que cada um dos 197 países, que aprovaram o pacto, apresentasse metas de maneira voluntária, mas que, uma vez aprovadas na ONU, deveria ser honrada por obrigação até 2030.

Nós brasileiros, por exemplo, nos comprometemos a gerar mais energia elétrica com placas solares, cata-ventos e, por óbvio diante do potencial natural do país, construindo mais usinas hidrelétricas.

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Escola de Samba carioca esquece crise climática em 2025

02/03/2025

Não podemos esquecer que a conferencia das partes sobre mudança climática, ou simplesmente COP30, acontecerá em novembro próximo em Belém, capital do Para.

E que será um momento oportuno para chamar a atenção do mundo para o desmatamento da Amazônia e os avanços das políticas públicas que cobram muito esforço da sociedade para conservar a maior floresta tropical do planeta.

E mais que a escolha de uma cidade amazônica como sede pode atrair investimentos para financiar projetos em bioeconomia e exploração sustentável da floresta, que permitam superar o nefasto e persistente ciclo econômico da pecuária extensiva iniciado nos idos de 1970.

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COP 30 já começou

16/02/2025

Em 2015, quando todos os países da ONU, ou melhor, do planeta, assinaram o Acordo de Paris, relatórios seguidos do Painel de Cientistas da ONU, IPCC na sigla em inglês, composto por mais de 3.000 pesquisadores representantes de todos os países membros da ONU, forneceram a comprovação científica para superar o Princípio da Precaução.

Enquanto isso, por aqui os brasileiros e seus representantes políticos, conseguiram aprovar e colocar em prática um arcabouço legal robusto para fomentar a geração de energia elétrica considerada limpa, sem carbono.

Nunca, na história brasileira, se captou tanta energia do sol, dos ventos e da água.

Melhor ainda, mais de 140 usinas hidrelétricas representam quase 70% da energia elétrica distribuída para residências e indústrias.

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Não gostei, ou não entendi Marcel Proust

09/02/2025

Discordando de quase tudo que lemos, antes de encarar as quase impossíveis 2.400 páginas, na maravilhosa Wikipédia sobre Marcel Proust e sua única extensa obra “Em Busca do Tempo Perdido”, não conseguimos puxar uma cadeira para o francês sentar ao lado de um dos maiores da literatura portuguesa o nosso incomparável Machado de Assis.

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